Em palavras cedidas ao portal GamesIndustryInternational Reggie Fils-Aime, presidente da Nintendo of America, exaltou o sucesso do portátil 3DS,especialmente no campo digital. Segundo ele, a biblioteca digital  de títulos lançados também fisicamente do console, mesmo contando com apenas 15 títulos, já pode ser considerada frutífera. Cerca de 11% da comercialização desses quinze jogos foi feita pela mídia virtual, e no caso específico de Fire Emblem: Awakening foram um terço das vendas nessa modalidade.

Ainda no tema da atividade online do console, o executivo da Big N divulgou também que, segundo levantamento da própria empresa, 67% dos donos de 3DS em todo o globo já conectaram o portátil com a internet, e que realizaram, ao todo, 41 milhões de downloads no eShop. Isso tudo faz parte da “história de sucesso” do 3DS, de acordo com o entrevistado, que comemorou os números do console nos Estados Unidos: são mais de 8 milhões de portáteis no mercado estadunidense e 20 milhões de jogos vendidos em dois anos. A título de comparação, o portal afirma que, no mesmo período de tempo, o DS (que recentemente tornou-se o console mais vendido de todos os tempos) vendeu 1 milhão a menos de unidades.

Reggie colocou os pés no chão ao ser questionado sobre o sucesso (ou falta de) do Wii U até o momento:

“O que eu poderia dizer sobre o Wii U – e foi o que o Sr. Iwata disse – é que o ritmo de lançamentos de jogos para ele foi mais devagar do que esperávamos. Mas estamos nos preparando para a E3, e o ritmo de lançamentos para o Wii U irá crescer muito!”

Comentou também sobre a concorrência com o Playstation 4 e com o próximoXbox, que prometem explorar a conectividade dos consoles com outros aparelhos eletrônicos domésticos e redes sociais:

“Nós acreditamos que nossos consumidores compram nossos consoles primeiros como sistemas de jogos eletrônicos, e, então, depois aproveitam as outras opções de entretenimento, e é por isso que colocamos tanta ênfase em nossos jogos.”

Embora eu acredite que Reggie esteja certo – que a força da Nintendo no segmento está depositada na sua capacidade de ser desenvolvedora de consoles e jogos ao mesmo tempo, que permite explorar as características de seus aparelhos ao máximo (como pode ser conferido neste texto que utiliza alguns jogos da série Zelda como exemplo) e que a conectividade e a rede social inaugurada pelo Wii U estejam sempre focadas nos jogos – devemos nos lembrar que uma parte generosa da apresentação do lançamento do Wii U nos EUA foi dedicada às funcionalidades do GamePad como controle remoto e guia de tv, o Nintendo Tvii. Ou as estratégias da Nintendo para o mercado estadunidense foram modificadas de lá para cá ou talvez a empresa esteja com dificuldades para focar os esforços do sucesso do Wii U no país.

O GamePad funcionando com o Nintendo Tvii.

O jeito é esperar pela E3 mesmo, que, claro, receberá cobertura completa com uma equipe do GameBlast em Los Angeles em junho! O que vocês esperam ver de novidades do Wii U na E3?